Entrevista | Conheça o nosso presidente Itamiro Floriano: “Não medimos esforços para lutar pelo Servidor”

Didático, experiente e extremo defensor dos Servidores que representa. Podemos definir com estas três virtudes Itamiro Floriano da Rosa, presidente do SISPPAR (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranapanema). Há 25 anos como Servidor, o dirigente tem uma bela carreira sindical.
O dirigente é formado em Direito e tem duas filhas, uma de 26 e outra de 29 anos. Uma delas seguiu a carreira acadêmica do pai no Direito e a outra foi para a Pedagogia. Aos seus recém completados 50 anos, Itamiro segue conciliando sua militância sindical com sua família e alega não ter dificuldades, pois quando se faz o que se ama tudo fica mais fácil segundo ele.
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1) Conte um pouco de suas origens e família.
Fui criado no bairro dos Amaros, aqui mesmo em Paranapanema, local também do meu nascimento. Vivi na área rural, onde meus pais têm um sítio e minha mãe, meus avós e meus dois irmãos ainda viveram, basicamente com serviços rurais. Desde criança, aprendi os serviços da roça. Nossa casa era feita de barro até os meus 13 anos. Antes disso, eu já trabalhava para ajudar meus pais.
2) Quais serviços exerceu antes do setor público?
Primeiramente, os serviços rurais desde a infância, mais precisamente aos 6 anos já ajudava meu pai na lavoura. Depois disso, aos 15 anos, eu pedi trabalho para um fazendeiro da região, pois já não aguentava os serviços braçais. Foi então que passei a trabalhar na Fazenda Faxinal, onde fiquei seis anos aprendendo e trabalhando com máquinas agrícolas. Em seguida, montei um comércio próprio que durou três anos e não deu certo. Depois disso, ingressei no funcionalismo.
3) E o que te motivou a ser Servidor?
Creio que minha personalidade sempre foi de questionar desmandos. Não gostava de ver coisa errada nem de ser mandado e isso não me deixava encaixar no serviço privado. Em uma época que isso me intrigava muito eu estava estudando muito, já que não havia concluído o terceiro grau. Com isso, decidi prestar concurso em 1998 e fui aprovado.
4) Qual foi sua impressão sobre o funcionalismo?
Meu primeiro cargo na Prefeitura foi como Operador de Máquinas. Minha perspectiva era que o funcionalismo fosse algo de pessoas desinteressadas. Porém, percebi que não era assim, pelo menos não em sua maioria. Claro que existe pessoas acomodadas, como em qualquer empresa, mas o Servidor é a engrenagem do município e enquanto os companheiros exercem bem a função a cidade cresce. Na época isso estava acontecendo, por isso mudou completamente minha visão.
5) Como iniciou sua trajetória no Sindicato?
Depois que ingressei no funcionalismo consegui concluir o ensino médio e ingressar na faculdade. Em 2007, estava no meu último ano letivo e já haviam tentativas de fundação do Sindicato aqui na cidade. Alguns que iniciaram a luta sindical ficavam sem trabalhar por decisão do prefeito, que amedrontava a categoria. Então, decidi fundar a entidade. Entrei em contato com o companheiro Pedrassa, de Itapeva, para entender a situação. Me deparei com um Sindicato já registrado em 1988, porém sem CNPJ. Consegui uma liminar no cartório como administrador temporário e realizei a primeira eleição sindical da cidade, concorrendo como presidente, isso em 2011, e sigo na liderança.
6) Como é a relação com a categoria e com a Administração?
Com os Servidores é muito boa. Sou muito aberto e participativo na base dos companheiros. Conquistei o respeito do trabalhador e eles sempre me procuram para saber sobre as reivindicações do Sindicato em prol do setor. O diálogo é predominante. Com a Prefeitura também não tenho do que reclamar. Vez ou outra existem divergências, mas, em suma, conseguimos ter uma boa relação.
7) Quantos Servidores representa e o que o Sindicato significa para a categoria?
São cerca de 1.000 funcionários públicos na cidade. Para esta categoria o Sindicato é a base para solucionar os problemas. Quando o Servidor precisa de auxílio, orientação e qualquer outra coisa ele vem ao Sindicato. Isso mostra o quanto somos representativos aos companheiros. Não só eu como todos os diretores buscam ajudar o trabalhador da cidade, associado ou não. Atendemos da mesma forma, pois o bom trabalho gera bons frutos.
8) O que um dirigente precisa ter?
Um dirigente precisa ser honesto, dedicado e perseverante. Devemos saber que defendemos uma categoria de trabalhadores e devemos dar a cara a tapa. Não podemos ser como “estátuas”. Então, precisamos tomar atitudes corretas em favor do trabalhador nas horas mais difíceis. Somos o apoio da categoria quando ninguém mais pode ajudar. Procuro fazer isso desde que assumir a entidade.
9) Qual sua relação com a Fesspmesp (Federação dos Sindicatos dos Servidores das Câmaras de Vereadores, Fundações, Autarquias e Prefeituras Municipais do Estado de São Paulo)?
No ano de 2015 passamos por uma grande luta. O prefeito suspendeu a contribuição sindical e ficamos sem verba. Neste momento procurei alguns amigos sindicalistas, entre eles o presidente do Sindicato de Piraju, Silvano Matos. Ele me apresentou o trabalho do dr. Cláudio Bertolo e disse que poderia nos auxiliar nesse desrespeito do Governo. Conseguimos a Carta Sindical e toda a equipe da Federação compareceu aqui na cidade, inclusive o presidente Aires Ribeiro. Conquistamos a vitória e passei a ser filiado. Agora, sou um dos coordenadores regionais pela Fesspmesp.
10) Quais principais conquistas do Sindicato?
A principal vitória foi obter a data-base para a categoria, que impede uma defasagem salarial. Depois disso, conseguimos que a lei de periculosidade dos Vigias fosse aprovada com um ganho de 30%, tanto para diurno quanto para noturno, aumento das diárias, entre outras.
11) Deixe uma mensagem para os Servidores.
Companheiros, somos uma entidade séria e engajada em sua defesa. Desde a fundação do Sindicato nossa diretoria não mede esforços para ajudar toda a categoria em suas necessidades. Somos sua entidade sindical que sempre agirá ao seu favor. Estamos sempre de braços abertos para acolher você, Servidor, associado ou não. O Sindicato é sua casa e nós seus defensores.